sábado, 21 de julho de 2012

Furadeira

Como usar a furadeira


Conheça os tipos de furadeiras e de brocas, e as principais dicas de ergonomia, manuseio e manutenção desses equipamentos


Reportagem: Gisele C. Cichinelli


Um dos equipamentos mais utilizados em obras, as furadeiras elétricas podem ser encontradas no mercado em diversos modelos, cada um com características específicas. Para usá-las de modo correto e seguro, o primeiro passo é ler atenciosamente o manual de instrução do modelo adquirido. Quanto mais recursos tiver a furadeira, maior deverá ser a atenção na sua utilização. Vale ressaltar, no entanto, que o equipamento deve ser escolhido de acordo com o tipo de trabalho a ser realizado.
O tamanho e o tipo de broca - peça que, acoplada à furadeira, penetra na parede ou superfície a ser perfurada - também devem ser escolhidos com cuidado. A broca deve ter tamanho um pouco maior do que o do parafuso ou da bucha que irá ser usada e deve ser escolhida de acordo com o material a ser perfurado. Brocas de vídia são as indicadas para perfurar alvenaria, enquanto as brocas de aço carbono perfuram madeira e as brocas em aço rápido, metal.
No momento do uso, a dica mais importante é nunca utilizar força desnecessária contra a superfície, o que forçará o rotor da máquina, podendo empená-lo. O ideal é aplicar força gradativamente, sempre usando uma broca afiada. Brocas inadequadas ("cegas") demandam um esforço maior, prejudicando a produtividade e qualidade do serviço. A saída de ar no corpo da máquina também não deve ser obstruída, sob pena de gerar aquecimento interno e diminuir a vida útil da furadeira.
Outro ponto que merece atenção é a empunhadura do equipamento. Segurar com firmeza e manter o equipamento no eixo desejado é fundamental para que o furo não fique maior do que o desejado e, consequentemente, para que buchas e parafusos não fiquem soltos (frouxos) dentro do canal perfurado.


TIPOS DE FURADEIRA
Fotos: Marcelo Scandaroli


FERRAMENTAS E EPIs
Fotos: Marcelo Scandaroli

Máscara, protetor auricular, óculos, calçados de segurança, furadeira, broca de vídia, broca de aço carbono, broca de aço rápido, martelo, punção, buchas e chave de mandril.


Passo 1
Fotos: Marcelo Scandaroli

1 Verifique se o fio não está quebrado e não apresenta cortes. Caso se depare com essas situações, não utilize a máquina, pois o risco de choques elétricos é grande.



Passo 2
Fotos: Marcelo Scandaroli

2 Identifique a voltagem do equipamento.



Passo 3
Fotos: Marcelo Scandaroli

3 Para encaixar a broca, posicione a furadeira ''em pé''. Escolha a broca indicada para o tipo de material que será perfurado, encaixando-a no mandril. Faça o alinhamento e aperto com as mãos.



Atenção

Certifique-se de que a máquina esteja desligada nesse momento.



Que broca usar?
Existem brocas indicadas especificamente para furar madeira, metal e alvenaria. Aprenda a reconhecer cada uma:
Fotos: Marcelo Scandaroli
Broca em aço carbono
Com pontas bem finas, são utilizadas para furar madeira. Algumas possuem três pontas, com a ponta central localizando perfeitamente o centro do furo evitando que escape do ponto inicial durante o trabalho. Já as brocas ''chatas'' são indicadas para fazer furos de ½ '' e ¾ ''.

Fotos: Marcelo Scandaroli
Broca em aço rápido
São brocas helicoidais com haste cilíndrica e corte à direita. Indicadas para furar metais.


Fotos: Marcelo Scandaroli
Broca de vídia
As brocas de vídia são indicadas para furar concreto, tijolo e pedra. Possuem a cabeça cega e triangular e furam devido ao impacto (posição martelete).



Passo 4
Fotos: Marcelo Scandaroli

4 Com a chave de mandril, trave a broca nas três posições do mandril. Cheque se a broca está bem presa, evitando o risco de que ela se solte em altas rotações.



Passo 5
Fotos: Marcelo Scandaroli

5 Com a ajuda de uma paralela, regule o limitador de broca na profundidade desejada.  


Furo reto em alvenaria
Passo 6
Fotos: Marcelo Scandaroli

6 Para realizar o furo reto em alvenaria, utilize uma broca de vídia, posicione o equipamento no modo martelete e em velocidade alta (no caso do equipamento usado nesse passo-a-passo, na velocidade 5). 


Passo 7
Fotos: Marcelo Scandaroli

Utilize a empunhadura na posição pesada e execute o furo.


Atenção
Se for furar parede, verifique antes se, sob o local, não há tubulações de água, gás, fiação elétrica ou outras.


Furo reto em madeira
Passo 8
Fotos: Marcelo Scandaroli

Use a broca de aço carbono e regule o equipamento na velocidade alta e no modo sem impacto (sem auxílio da função martelete).


Passo 9
Fotos: Marcelo Scandaroli

Execute o furo controlando o avanço da máquina no gatilho. O ideal é que os cavacos de madeira se desprendam com facilidade da peça de madeira, indicando o bom funcionamento da broca.


 



Furo reto em metal
Passo 10
Fotos: Marcelo Scandaroli

10 Antes de iniciar a furação em elementos metálicos, faça uma pequena marca no local a ser perfurado com punção e martelo.


Passo 11
Fotos: Marcelo Scandaroli

11 Inicie a perfuração com a broca de aço rápido e com o equipamento posicionado na velocidade lenta. Utilize a empunhadura para serviços leves (veja o quadro "Ergonomia").


Furo inclinado
Passo 12
Fotos: Marcelo Scandaroli

12 Com o auxílio de punção e martelo, marque o ponto a ser perfurado. Esse cuidado prévio evitará que a broca se desloque durante o procedimento.


Passo 13
Fotos: Marcelo Scandaroli

13 Posicione a broca inclinada sobre a marca e fure, sem parar, até a profundidade desejada.


Atenção
Mudanças de direção durante a furação inclinada ocasionam o deslocamento do diâmetro do furo e a quebra da broca, podendo causar riscos de acidentes ao operador.


Dicas
Fotos: Marcelo Scandaroli

Para aumentar a vida útil do equipamento, guarde-o corretamente. Enrole o fio com cuidado, solto e organizado, sem prendê-lo à máquina.
Fotos: Marcelo Scandaroli
Para evitar que a chave de mandril se perca, prenda-a no suporte indicado.
Fotos: Marcelo Scandaroli
Evite tracionar o fio, enrolando-o ao redor da máquina. 


Dicas de segurança

Fotos: Marcelo Scandaroli
 » Ligue o equipamento em uma tomada ou extensão posicionada longe de qualquer fonte de água. Mantenha o equipamento longe de pias, banheiras, superfícies molhadas e locais úmidos. A extensão deve estar sempre ligada a um disjuntor;
» Mantenha suas ferramentas, área de trabalho e espaço de armazenagem limpos e secos e longe de materiais inflamáveis. Faíscas podem incendiar sucatas, solventes e outros materiais;
» Se for realizar trabalhos em locais altos, utilize um sistema trava-quedas no aparelho;
» Mantenha os fios da furadeira longe de materiais cortantes a fim de evitar curtos-circuitos;
» Utilize calçados de segurança e evite o uso de roupas abertas, luvas, colares, crachás e outros adornos que possam enroscar no equipamento e causar acidentes graves;
» Verifique parafusos, porcas, travas e partes removíveis, certificando-se de que estejam bem apertadas;
» Desligue sempre o aparelho quando for limpar, guardar ou não estiver em uso, quando for fazer pequenos reparos e mudar de broca e quando for conectá-lo ou desconectá-lo à tomada. Desligue o aparelho puxando pela tomada e nunca pelo fio;
» A prática de girar a furadeira para alargar o furo na ''marra'' não é aconselhável! A broca pode quebrar, fazendo com que ela seja projetada em direção ao corpo do operador da máquina.


ERGONOMIA

Fotos: Marcelo Scandaroli

Empunhadura vertical
Para execução de trabalhos leves, posicione uma das mãos na empunhadura alinhada em paralelo ao corpo e a outra, diretamente sobre o gatilho.
Fotos: Marcelo Scandaroli

Empunhadura horizontal
Utilize a empunhadura no modo horizontal quando for executar serviços em posições abaixo da linha do ombro.
Fotos: Marcelo Scandaroli

Materiais pesados
Para perfurar materiais mais pesados, trave o botão do gatilho e segure a furadeira na parte superior.
Fotos: Marcelo Scandaroli

Posição do corpo
Em todas as posições, permaneça sempre com o tronco reto e as pernas abertas, de forma a ter uma boa base de apoio e a evitar esforços desnecessários na coluna.

Apoio técnico: Carlos Alberto Ortega, instrutor de aperfeiçoamento profissional do Senai Orlando Laviero Ferraiuolo.





Fonte: PiniWeb

Martelete


Martelete



Útil para diversos tipos de demolição ou corte, equipamentos estão disponíveis em modelos com pesos e velocidades variáveis, além de contar com cinzéis para aplicações específicas



Reportagem: Juliana Martins


Marteletes (martelos demolidores) servem para perfurar e romper concreto e cerâmica em obras de construção ou manutenção de qualquer porte. São utilizados para demolir colunas de concreto, pisos e vigas, abrir canaletas para passagem de tubulação, perfurar concreto asfáltico. Se bem utilizados, propiciam segurança, rapidez e praticidade.
Existem dois tipos de martelete: pneumático e o elétrico. O primeiro é acionado por ar comprimido e o segundo por motor elétrico. Ao escolher o modelo é importante considerar a energia de impacto necessária. Prefira equipamentos com encaixe universal e que permitem o uso de cinzéis de outras marcas.
Para não comprometer a segurança e a durabilidade do equipamento, nunca utilize uma máquina para outros fins que não aqueles para os quais ela foi projetada. Por exemplo, não use martelo de 10 kg para o trabalho de um de 30 kg.
Modelos e características É a relação entre o rendimento da percussão - ou seja, a quantidade de impactos por minuto - e o peso específico do martelo - o quanto ele pesa parado - que determina sua eficiência. Assim, o desempenho e a produtividade dependem dessa relação associada às dimensões, às propriedades do material e à geometria da ponta das ferramentas.
E são esses fatores que têm que ser levados em conta ao escolher o equipamento. O martelo deve ter a melhor relação entre a energia de batida e a respectiva frequência de impacto, o que varia conforme a necessidade da aplicação. Alguns modelos possuem até cinco velocidades, que significam 730, 800, 1.150, 1.350 e 1.450 impactos por minuto.
Também é essencial escolher o tipo de cinzel, como a talhadeira - para abrir canais para dutos ou tubos de água e eletricidade -; e o ponteiro - para concreto e alvenaria. Alguns martelos aceitam batedor para compressão de solo, podendo ser necessário o uso de adaptadores.
Em geral, peças com até 7 cm de espessura podem ser rompidas com martelos leves, que têm até 6 kg. São adequados para pequenos serviços de demolição. Com espessuras entre 7 cm e 10 cm, é preciso optar por um martelo médio, que pesa entre 7 kg e 30 kg, e são ideais para trabalhos em estrada, escavações e demolições em geral. Já os pesados, com mais de 30 kg, são adotados quando o elemento tem até 15 cm. Estes últimos trabalham em velocidade mais alta epodem funcionar por longos períodos de tempo.

Fotos: Marcelo Scandaroli
Para usar martelete demolidor é preciso óculos para proteger contra fragmentos; máscara contra a poeira; protetor auricular devido ao excesso de ruído; e luva que ajude a absorver a vibração. Além, é claro, do capacete e da bota, indispensáveis em qualquer ponto da obra.

Fotos: Marcelo Scandaroli
A luz verde indica que a máquina está em funcionamento. Alguns modelos contam com uma luz vermelha que indica a necessidade de manutenção.
Saúde do operadorDê preferência a ferramentas com sistemas de controle de vibração, que minimizam o desconforto do usuário. A vibração excessiva prejudica a saúde do operador, assim como o ruído, que afeta também quem está próximo da ferramenta em funcionamento.
Dessa maneira, os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância. Exposição a níveis de ruído superiores a 115 dB (A) sem proteção adequada oferecem risco grave. Assim, o limite de tolerância para ruído de impacto é de 130 dB (linear).
Para amenizar a exposição ao barulho e à vibração, é possível estabelecer o rodízio de operadores. Nesse modelo, a cada 1h00 ou 1h30 ocorre o revezamento. Lembrando sempre que o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como capacete, máscara, protetor auricular, luvas especiais que absorvem o impacto e cinzel com ponteira, é obrigatório.

CUIDADOS DURANTE O USO
Por ser uma máquina que produz vibrações, é necessário redobrar o cuidado com suas peças. Antes de ligá-la, verifique se os parafusos estão bem presos.
Esteja ciente se não existe fiação ou canos de gás, água ou esgoto que possam ser rompidos pelo martelo. Utilize meios apropriados para encontrar cabos escondidos ou consulte a companhia elétrica local. O contato com cabos elétricos pode provocar fogo e choques elétricos. Danos em tubos de gás podem levar à explosão e a penetração em um cano de água causa danos materiais e pode provocar choque elétrico. Quando a máquina estiver acionada, toda atenção deve estar voltada para ela. Aplique apenas uma ligeira pressão na ferramenta. O excesso de força não irá acelerar a operação e sim diminuir o rendimento da ferramenta, podendo reduzir o período de vida útil do martelete demolidor. Veja outras dicas para operação:

1. Esse é um cinzel do tipo ponteiro, adequado para rompimento de concreto e alvenaria
Fotos: Marcelo Scandaroli
2. Encaixe o cinzel no retentor da ferramenta, levando-a até o final.

Fotos: Marcelo Scandaroli
3. Em seguida, posicione o retentor para que ele prenda o cinzel. O anel deve ficar entre o retentor e a máquina. Assim, não é possível retirar o cinzel.


CERTO
ERRADO
Fotos: Marcelo Scandaroli
Segure o martelete demolidor sempre na perpendicular, com firmeza, sem nunca encostar no corpo sob risco de acidentes graves. Preste muita atenção à sua postura para evitar dores musculares e machucados.
Fotos: Marcelo Scandaroli
Ao encostar a ferramenta no corpo, as vibrações podem causar machucados e dores musculares, principalmente se for utilizada por longos períodos


Apoio técnico: Senai Tatuapé, Bosch, DeWalt e Makita.

Fonte: Piniweb

domingo, 1 de julho de 2012


SP teria poluição 75% maior se metrô parasse um ano
28/06/2012 - O Globo
Pesquisa realizada por especialistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta que se o metrô de São Paulo deixasse de funcionar durante um ano inteiro, a concentração de poluentes na capital paulista aumentaria 75% e as mortes causadas por problemas cardiorrespiratórios cresceriam entre 9% e 14%. Além de todos esses problemas, o município teria que desembolsar US$ 18 bilhões com investimentos voltados à saúde pública.
Para chegar a estes dados, cientistas compararam o nível de poluição no ar de São Paulo em dias normais e em dias de greve de metroviários – uma que ocorreu em 2003 e outra em 2006. Também analisaram as mortes adicionais nos dias de paralisação e calcularam a perda de produtividade que isso representa.
Em 2003, a concentração de poluentes em um dia normal foi de 41 microgramas por metro cúbico (µ/m³). No dia da greve o número saltou para 101,49 µ/m³. Foi encontrado o equivalente a oito mortes adicionais associadas à poluição durante a paralisação, o que representa aumento de 14% e um custo de US$ 50 milhões.
No ano de 2006, o impacto encontrado foi menor. A concentração de poluição saltou de 43.99 µ/m3 no dia controle para 78.02 µ/m³ durante a greve. As mortes adicionais foram seis, o que corresponde a um aumento de quase 9% e a uma perda de produtividade de US$ 36 milhões.
Com base nesses resultados, os pesquisadores fizeram uma estimativa do custo para a saúde caso o metrô ficasse um ano inteiro sem funcionar. O resultado foi de US$ 18 bilhões.
Segundo dados do Instituto Nacional de Análise Integrada do Risco Ambiental (Inaira), 90% da poluição atmosférica em São Paulo é gerada por carros, motos e caminhões. O transporte individual é responsável por 45% dos deslocamentos na cidade, enquanto o transporte público corresponde a 55%.
Entre os meios de transporte de massa, os ônibus são responsáveis por levar 71% dos passageiros, o metrô fica com 24% e o trem, com 5%. De acordo com os pesquisadores, enquanto três pistas de carro em uma avenida como a marginal do rio Tietê têm capacidade de transportar 5,45 mil passageiros por hora, uma pista de ônibus leva até 6,7 mil pessoas e um trilho de metrô, 60 mil.